segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Maria Quitéria


Maria Quitéria de Jesus Medeiros nasceu no Sítio do Licurizeiro, na comarca de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, atual município de Feira de Santana no estado da Bahia. A data mais aceita pelos pesquisadores para o seu nascimento é a de 1792.

Em 1803, quando tinha cerca de dez ou onze anos de idade, perdeu a mãe. Cinco meses após enviuvar, o pai casou-se novamente com Eugênia Maria dos Santos, que também veio a falecer pouco tempo depois.

Gonçalo Alves casou-se pela terceira vez, com Maria Rosa de Brito, com quem teve mais três filhos. A nova madrasta, afirma-se, nunca concordou com os modos independentes de Maria Quitéria.

Entre 1821 e 1822, iniciaram-se na Província da Bahia as agitações contra o domínio de Portugal. Em janeiro de 1822 transferiram-se para Salvador as tropas portuguesas, sob o comando do Governador das Armas Inácio Luís Madeira de Melo.

Maria Quitéria pediu ao seu pai que lhe autorizasse a se alistar, mas havendo seu pedido negado, Maria Quitéria fugiu, dirigindo-se à casa de sua meia-irmã, Teresa Maria, que a auxiliou e cortou seus cabelos. Vestindo-se como um homem, dirigiu-se à vila de Cachoeira, onde alistou-se no Regimento de Artilharia sob o nome de Medeiros, ali permanecendo até ser descoberta pelo pai, duas semanas mais tarde.

Defendida pelo major José Antônio da Silva Castro (avô do poeta Castro Alves), comandante do Batalhão dos Voluntários do Príncipe, em virtude de sua facilidade no manejo das armas e de sua reconhecida disciplina militar, foi incorporada a esta tropa. Aqui, ao seu uniforme, foi acrescentado um saiote à escocesa.

A 29 de outubro seguiu com o seu Batalhão para participar da defesa da ilha de Maré e, logo depois, para Conceição, Pituba e Itapuã, integrando a Primeira Divisão de Direita. Em fevereiro de 1823, participou com bravura do combate da Pituba, quando atacou uma trincheira inimiga e fez vários prisioneiros portugueses, escoltando-os, sozinha, ao acampamento.

Em 31 de março, no posto de Cadete, recebeu, por ordem do Conselho Interino da Província, uma espada e seus acessórios.

Finalmente, em 2 de julho de 1823, quando o Exército Libertador entrou em triunfo na cidade do Salvador, Maria Quitéria foi saudada e homenageada pela população em festa. O governo da Província dera-lhe o direito de portar espada, e, na condição de Cadete, envergava uniforme de cor azul, com saiote por ela elaborado, além de um capacete com penacho.

O general Pedro Labatut, enviado por D. Pedro I para o comando geral da resistência, conferiu-lhe as honras de 1º Cadete. No dia 20 de agosto foi recebida no Rio de Janeiro pelo imperador em pessoa, que a condecorou com a Imperial Ordem do Cruzeiro, no grau de Cavaleiro, com seguinte pronunciamento:

"Querendo conceder a D. Maria Quitéria de Jesus o distintivo que assinala os Serviços Militares que com denodo raro, entre as mais do seu sexo, prestara à Causa da Independência deste Império, na porfiosa restauração da Capital da Bahia, hei de permitir-lhe o uso da insígnia de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro."

Além da comenda, foi promovida a Alferes de Linha, posto em que se reformou, tendo aproveitado a ocasião para pedir ao Imperador uma carta solicitando ao pai que a perdoasse por sua desobediência.

Perdoada pelo pai, Maria Quitéria casou-se com o lavrador Gabriel Pereira de Brito, o antigo namorado, com quem teve uma filha, Luísa Maria da Conceição.

Viúva, mudou-se para Feira de Santana em 1835, onde tentou receber a parte que lhe cabia na herança pelo falecimento do pai no ano anterior. Desistindo do inventário, devido à morosidade da Justiça, mudou-se com a filha para o Salvador, nas imediações de onde veio a falecer aos 61 anos de idade, quase cega, no anonimato.

Os seus restos mortais estão sepultados na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento e Sant'Ana, no bairro de Nazaré em Salvador.

 A escritora britânica Maria Graham, que aparentemente a conheceu em uma de suas viagens ao Brasil, deixou registrado que:

"Maria de Jesus é iletrada, mas viva. Tem inteligência clara e percepção aguda. Penso que, se a educassem, ela se tornaria uma personalidade notável. Nada se observa de masculino nos seus modos, antes os possui gentis e amáveis." 
(Journal of a voyage to Brazil)  

Jamahiriya Popular Socialista




Líder: Muammar Al-Kaddafi

Movimento: Jamahiriya Popular Socialista
País: Líbia

Em 1972, Gaddafi criou a Legião Islâmica como uma ferramenta para unificar e arabizar a região. Em 1977 criou o conceito de Jamahiriya ou "Estado das massas", em que o poder é exercido através de milhares de "comitês populares", com os quais daria voz ao povo por meio da criação do Congresso Geral do Povo (fórum legislativo que serve de intermediário entre as massas e a liderança do executivo). No âmbito das suas tarefas administrativas e regulamentares e do método de seleção de seus membros, as comissões populares encarnavam o conceito de democracia direta que Kaddafi propôs no primeiro volume do "Livro Verde", que surgiu em 1976. O mesmo conceito está por trás das propostas para criar uma nova estrutura política composta de "congressos populares". A peça central do novo sistema foi o Congresso Geral do Povo (CGP), um órgão de representação nacional destinado a substituir o CCR.

Durante seu governo, a Líbia experimentou alguns períodos de forte crescimento econômico, por muito abalado pelas sanções impostas por países ocidentais contra seu governo. Devido as enormes rendas provenientes do petróleo, Kaddafi pode sustentar vários programas sociais que acabaram por dar a Líbia o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do continente africano,além de aumentar a participação das mulheres na vida pública e de dar mais direitos aos negros. Durante seu governo, a Líbia teve a menor dívida pública do mundo.

Na Era Kaddafi, as mulheres tinham liberdade para dirigir seus automóveis, casavam com homens que amavam, havia divórcio e elas podiam exercer suas atividades profissionais, tais como advogadas, engenheiras, cientistas, jornalistas, funcionárias públicas e militares.

Com ironia, a revista aponta "os sofrimentos" do povo líbio com Kaddafi. Os jovens recém-casados recebiam do governo 50 mil dólares para a compra da casa própria e para dar início à vida familiar. Aliás, a casa própria na Líbia de Kaddafi era considerada como direito humano e universal. Não havia conta de luz na Líbia porque a eletricidade era gratuita para todos. Os bancos estatais não cobravam juros, por força de uma lei expressa. Educação e saúde eram rigorosamente gratuitas. Na compra do primeiro automóvel, o Estado oferecia uma subvenção de 50%.

Se um jovem líbio concluísse o curso universitário ou técnico-profissional e não encontrasse colocação no mercado de trabalho, o governo pagava-lhe o salário médio da categoria ao qual ele iria pertencer, até ele encontrar uma vaga na sua atividade profissional.

O Estado líbio planejado por Kaddafi incentivava o jovem agricultor a permanecer na sua aldeia dando-lhe terra, casa, equipamentos agrícolas e sementes, sem qualquer custo. Antes de Kaddafi cair, o litro de gasolina custava o equivalente a R$ 0,23 (10 centavos de euro).

A Líbia é (ainda) o país africano com o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), bem acima do Brasil. Sem dívida externa, o país tem (ou tinha) reservas estimadas em 150 bilhões de dólares. O auxílio natalidade na Líbia é de 5 mil dólares, por filho nascido. Os líbios tinham bonificação sobre a venda de petróleo, a qual era creditada diretamente na conta de cada cidadão.

Ba'ath




Líderes: Zaki al-Arsuzi, Michel Aflaq, Salah ad-Din al-Bitar

Movimento: Ba'ath
Países: Arabofonia

O partido foi fundado em 7 de abril 1947, como Partido Árabe Baath por Michel Aflaq (um cristão), Salah ad-Din al-Bitar (um muçulmano sunita) e os seguidores de Zaki al-Arsuzi (um alauíta). Apesar de Aflaq, Bitar e Arsuzi nunca serem membros da mesma organização, eles são considerados os fundadores do baathismo. O mais perto que chegaram a ser membros da mesma organização foi em 1939, quando os três, juntamente com Michel Quzman, Shakir al-As e Ilyas Qandalaft, tentaram estabelecer um partido.

A ideologia do partido, e o Baathismo em geral foi baseada em pensamentos idealistas emprestados do Iluminismo. De acordo com o especialista em Oriente Médio Tabitha Petran, a ideia básica da ideologia do partido era que a nação árabe é uma entidade permanente na história. A nação árabe é considerada, filosoficamente falando, não como uma formação social e econômica, mas como um fato transcendente inspirando de diferentes formas, uma de suas maiores contribuições que toma a forma de Islamismo. Não foi o Islã que modelou os povos da Arábia, a Crescente Fértil, e Norte de África, os equipando com os valores islâmicos, especialmente a língua e cultura árabe, mas a nação árabe que criou o Islã. Esta concepção da nação árabe implicitamente beneficiou a contribuição árabe para a história. Por outro lado, a decadência árabe pode ser superada através de uma purificação e ação espiritual, não religiosa, mas moral.

O pensamento central de Al-Arsuzi era a unificação da nação árabe. Ele acreditava que a nação árabe podia traçar suas raízes para o período pré-islâmico e no inicial período islâmico da história árabe. A única maneira de criar uma nova nação árabe na Idade Moderna era restabelecer um elo entre os povos árabes do passado e os do presente através da linguagem, o único verdadeiro remanescente da antiga identidade árabe. Em suma, a linguagem era a chave para recuperar o que tinha sido perdido e revigorar a identidade árabe. Al-Arsuzi acreditavam que os árabes perderam a sua identidade comum quando permitiram que os não-árabes participassem no governo. O resultado foi que várias leis tinham características não-árabes, e outras mudanças trazidas por estes tinham enfraquecido a identidade árabe.

Aflaq, em seus escritos havia sido estridentemente em favor da liberdade de expressão e outros direitos humanos e ajuda para as classes mais baixas.
Aflaq foi um forte defensor do governo secular e enfatizou que "o Islã não deve ser imposto ao estado e a sociedade".

Socialismo Nacional Sírio




Líder: Antoun Saadeh

Movimento: Socialismo Nacional Sírio
País: Grande Síria

Fundada em Beirute em 1932 como uma organização de libertação anticolonial e nacional hostil ao colonialismo francês, o partido teve um papel significativo na política libanesa e foi envolvido em tentativas de golpes de estado em 1949 e 1961 na sequência do qual foi completamente reprimido. Com o início do conflito árabe-israelense, em 1948, Saadeh radicalizou postura anti-sionista do partido, declarando que "a nossa luta com o inimigo não é uma luta pelas fronteiras, mas pela existência." e permaneceu ativo na resistência contra a invasão israelense do Líbano em 1982 e subsequente ocupação do sul do Líbano até 2000, enquanto continuamente apoiou a presença síria no Líbano.
Na Síria, a SSNP se tornou uma grande força política no início de 1950, mas foi completamente reprimido em 1955.
Manteve-se organizado, e em 2005 foi legalizado e se juntou ao Partido Ba'ath liderando a Frente Nacional Progressista. A partir de 2012 a 6 de Maio de 2014, o partido fazia parte da Frente Popular para a Mudança e Libertação.

O SSNP foi organizado com uma estrutura hierárquica e um líder poderoso. Sua ideologia era uma forma inteiramente secular do nacionalismo; de fato, ele postulou a completa separação entre religião e política como uma das duas condições fundamentais para a verdadeira unidade nacional. A outra condição foi determinada a reforma económica e social.

Em seu livro, Saadeh formulou sua crença na existência de uma nação síria em uma pátria definida como abrangendo toda Síria histórica (estendendo ao Canal de Suez, no sul) e incluindo a Síria moderna (Palestina, Líbano, Jordânia, Iraque e Kuwait). Os limites do ambiente histórico em qual a nação síria evoluiu ia muito além do âmbito geralmente atribuído à Síria.
Segundo Saadeh, a Síria é historicamente, culturalmente e geograficamente distinta do resto do mundo árabe, que ele divide em quatro partes. Ele traçou a história da Síria como uma entidade distinta voltada para os fenícios, cananeus, assírios, babilônios, etc, e argumentou que Sirianismo transcendeu distinções religiosas.
Saadeh discorda que tanto a língua como a religião como características de definição de uma nação e argumentou que as nações se desenvolvem através do comum desenvolvimento de um povo que habita uma região geográfica específica.

Ele considerou que o processo de evolução humana a partir de caçadores-coletores para a agricultura estabelecida estava entre os fatores mais importantes que levaram à criação da propriedade privada e do sistema de classes. Saadeh destacou o papel que o sistema de classes desempenharam o florescimento da troca e do comércio e a criação das riquezas. Ele também enfatizou a ligação entre os modos de produção econômicos e o estabelecimento de normas e valores culturais.

Congresso Nacional Indiano




Líder: Allan Octavian Hume

Movimento: Congresso Nacional Indiano
País: Índia 

Fundado em 28 de dezembro de 1885 por Allan Octavian Hume e outros membros da Sociedade Teosófica, durante a colonização britânica da Índia, rapidamente se tornou um movimento popular com lutando pela independência da Índia e corresponde atualmente a mais antiga das organizações políticas ativas na Índia. 

Seu objetivo era conquistar no governo um maior espaço para que os indianos pudessem dialogar com o raj britânico. Sendo aprovado passou a garantir mais direitos aos indianos, porém ainda pouco expressivos.

A influência dos grupos sócio-religiosos tornou-se evidente nas reformas pioneiras da sociedade indiana. O trabalho de notáveis pessoas espalhou o encanto pelo rejuvenescimento e pela liberdade. E a redescoberta da história indígena da Índia por vários estudiosos europeus e indianos alimentou a ascensão do nacionalismo entre os indianos. Logo o partido passaria a advogar pela independência de seu país.

Em 1915, retornando da África do Sul, Mohandas Gandhi se torna o novo presidente do CNI, passando a promover um movimento de resistência pacífica denominado satyagraha.
Entre seus ideais destacava-se o nacionalismo, a desobediência civil com os colonizadores, acabar com o sectarismo, erradicar a pobreza, a divisão de castas e a intocabilidade.

Após um tempo recluso, Gandhi emerge empreendendo sua mais famosa campanha, a Marcha de Dandi. Começando com 78 participantes, 60 000 pessoas passaram a se juntar durante a marcha, e centenas foram presas. Embora não houvessem tentativas de relutância contra os policiais, a multidão era tão espessa que dificultava as apreensões, e apesar disso, as prisões estavam lotadas com pelo menos 60 000 transgressores.

Em fevereiro de 1937 a autonomia das províncias tornou-se realidade quando se realizaram eleições; O Congresso Nacional Indiano emergiu como o partido dominante com uma clara maioria em cinco províncias e dominou em dois, enquanto a Liga Muçulmana teve um desempenho ruim.

Em 1939, Viceroy Linlithgow declarou a entrada da Índia na Segunda Guerra Mundial sem consultar os governos provinciais. Em protesto, o Congresso Nacional Indiano pediu a todos os seus representantes eleitos para demitir-se do governo.

Legião de São Miguel Arcanjo




Líder: Corneliu Codreanu

Movimento: Legião de São Miguel Arcanjo
País: Romênia

A Guarda de Ferro teve grande penetração entre as camadas populares romenas. Seus membros usavam uniformes verdes (considerados símbolo de rejuvenescimento) e por isso receberam o apelido de "camisas verdes". Entre eles, saudavam-se como os antigos romanos. O símbolo principal utilizado pela Guarda de Ferro era uma cruz tripla, representando barras de prisão (como símbolo do martírio), às vezes chamada "cruz do arcanjo Miguel".

Batalhão do Comércio Legionário: com um conceito revolucionário da economia, contribuiu o Movimento Legionário através de seu próprio comércio, liberando-o da sujeição aos juros e ao dinheiro. A competência comercial do Movimento era orientada a desestabilizar o sistema econômico burguês e o espírito de lucro desmedido. Lojas e refeitórios populares implementaram o espírito revolucionário da Legião.

Campos de Trabalho: parte importante da doutrina legionária, pretendia a transformação material e espiritual da nação. A Romênia Legionária de Codreanu tinha que ser conquistada pelo esforço voluntário de todo o movimento. O trabalho voluntário tencionava, por meio da fadiga e do sacrifício comunitário, unificar todos os romenos em uma mesma fé, em um mesmo empenho nacional e socialista.

Seu objectivo era a renovação espiritual e moral e a criação de um novo indivíduo. Eles queriam modificar a estrutura espiritual dos indivíduos no sentido de fazer dele uma melhor pessoa, mais inteligente e mais honesta. Escreveu vários livros e manuais entre eles o Manual do Chefe destinado à orientação espiritual e política dos jovens legionários. Organizou uma ampla rede de atividades, enlaçando as procissões religiosas, as marchas militares, o trabalho voluntário em áreas rurais e a elaboração de hinos religioso-políticos para difundir o ideário da LSMA.

Para os chefes da guarda de ferro aplicava-se um voluntário estilo de austeridade; os mesmos não deviam nunca se mostrar em público se divertindo em teatros e festas profanas. Não deviam ostentar luxo e riquezas, deviam dispor de si mesmos até o fundo.

Corneliu Zelea Codreanu acrescentou à estrutura formal da Legião seis leis fundamentais:

1. A lei da disciplina: sê legionário disciplinado, que só deste modo sairás vitorioso. Segue o teu chefe na boa como na má sorte.
2. A lei do trabalho: trabalha cada dia. Trabalha com amor, que a recompensa do trabalho não seja a ganância e sim a satisfação de ter posto um tijolo para a glória da Legião e do florescimento da Pátria.
3. A lei do silêncio: fala pouco, fala quando seja necessário, quanto seja necessário. Tua oratória é a oratória da acção. Tua obra, deixa que sejam os outros que a comentem.
4. A lei da educação: deves converter-te em outro, em herói. Faz tua escola no Cuib. Conhece bem a legião.
5. A lei da ajuda recíproca: ajuda o irmão a quem tenha ocorrido uma desgraça. Não o abandones.
6. A lei da honra: Caminha somente pela via da Honra. Luta e nunca sejas vil. Deixa aos outros as vias de uma infância, melhor cair lutando sobre o caminho da honra.

Falange Española




Líder: José Antonio Primo de Rivera

Movimento: Falange Española 
País: Espanha 

Fundado em 29 de outubro de 1933 por José Antonio Primo de Rivera, primogênito do falecido Miguel Primo de Rivera. 
No dia 15 de fevereiro de 1934 FE se funde com as Juntas de Ofensiva Nacional-Sindicalista (JONS), fundadas por Onésimo Redondo y Ramiro Ledesma Ramos, entre outros. O novo partido se denominou Falange Española de las JONS (FE de las JONS).

A ideologia da Falange é o Nacional-Sindicalismo, um conceito baseado numa interpretação do sindicalismo revolucionário com certos componentes oriundos do catolicismo. José Antonio pretendia uma unidade de destino no universal (uma ideia que havia sido enunciada, embora com um sentido diferente mas não oposto, por José Ortega y Gasset) como expressão de uma comunidade de interesses e irmandade com as nações hispano-americanas. Esta ideia espiritual de pátria serviria para superar a desagregação social que, o individualismo havia semeado na sociedade europeia de então.

Seu ideário político se une com elemento populista em um ambíguo programa de reformas sociais qualificado pelos falangistas como "revolucionário".

Pode condensar-se a ideologia falangista nos pontos seguintes:

1. Criação de um Estado Sindical em que a luta de classes seria superada pelo Sindicato Vertical, que juntaria num mesmo organismo patrões e trabalhadores organizados por ramos de produção. Era uma tentativa de restaurar a tradição gremial medieval, tradicional em Espanha. Em todo o caso, a propriedade dos meios de produção sindicaliza-se, sendo gerida de forma auto-administrada.
2. Nacionalização da banca e reforma agrária, respeitando a propriedade privada mas submetendo-a ao interesses da comunidade (Patria, Pan y Justicia era o principal lema falangista).
3. As unidades fundamentais da organização social são aquelas a que se pertence por ordem natural. Este é o caso da família, do município e do sindicato. Esta ideia reduz-se à primazia das relações comunitárias sobre as de associação. Esta seria a definição do comunistarismo falangista.
4. Catolicismo romano, sem admitir intromissões da Igreja. O Estado devia ser laico.
5.Orgulho na história do Império Espanhol, em especial no período em que a Espanha foi governada pelos Reis Católicos que inauguraram, para os falangistas, o período de grandeza imperial de Espanha.

Maria Quitéria

Maria Quitéria de Jesus Medeiros nasceu no Sítio do Licurizeiro, na comarca de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, atual muni...