segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Jamahiriya Popular Socialista




Líder: Muammar Al-Kaddafi

Movimento: Jamahiriya Popular Socialista
País: Líbia

Em 1972, Gaddafi criou a Legião Islâmica como uma ferramenta para unificar e arabizar a região. Em 1977 criou o conceito de Jamahiriya ou "Estado das massas", em que o poder é exercido através de milhares de "comitês populares", com os quais daria voz ao povo por meio da criação do Congresso Geral do Povo (fórum legislativo que serve de intermediário entre as massas e a liderança do executivo). No âmbito das suas tarefas administrativas e regulamentares e do método de seleção de seus membros, as comissões populares encarnavam o conceito de democracia direta que Kaddafi propôs no primeiro volume do "Livro Verde", que surgiu em 1976. O mesmo conceito está por trás das propostas para criar uma nova estrutura política composta de "congressos populares". A peça central do novo sistema foi o Congresso Geral do Povo (CGP), um órgão de representação nacional destinado a substituir o CCR.

Durante seu governo, a Líbia experimentou alguns períodos de forte crescimento econômico, por muito abalado pelas sanções impostas por países ocidentais contra seu governo. Devido as enormes rendas provenientes do petróleo, Kaddafi pode sustentar vários programas sociais que acabaram por dar a Líbia o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do continente africano,além de aumentar a participação das mulheres na vida pública e de dar mais direitos aos negros. Durante seu governo, a Líbia teve a menor dívida pública do mundo.

Na Era Kaddafi, as mulheres tinham liberdade para dirigir seus automóveis, casavam com homens que amavam, havia divórcio e elas podiam exercer suas atividades profissionais, tais como advogadas, engenheiras, cientistas, jornalistas, funcionárias públicas e militares.

Com ironia, a revista aponta "os sofrimentos" do povo líbio com Kaddafi. Os jovens recém-casados recebiam do governo 50 mil dólares para a compra da casa própria e para dar início à vida familiar. Aliás, a casa própria na Líbia de Kaddafi era considerada como direito humano e universal. Não havia conta de luz na Líbia porque a eletricidade era gratuita para todos. Os bancos estatais não cobravam juros, por força de uma lei expressa. Educação e saúde eram rigorosamente gratuitas. Na compra do primeiro automóvel, o Estado oferecia uma subvenção de 50%.

Se um jovem líbio concluísse o curso universitário ou técnico-profissional e não encontrasse colocação no mercado de trabalho, o governo pagava-lhe o salário médio da categoria ao qual ele iria pertencer, até ele encontrar uma vaga na sua atividade profissional.

O Estado líbio planejado por Kaddafi incentivava o jovem agricultor a permanecer na sua aldeia dando-lhe terra, casa, equipamentos agrícolas e sementes, sem qualquer custo. Antes de Kaddafi cair, o litro de gasolina custava o equivalente a R$ 0,23 (10 centavos de euro).

A Líbia é (ainda) o país africano com o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), bem acima do Brasil. Sem dívida externa, o país tem (ou tinha) reservas estimadas em 150 bilhões de dólares. O auxílio natalidade na Líbia é de 5 mil dólares, por filho nascido. Os líbios tinham bonificação sobre a venda de petróleo, a qual era creditada diretamente na conta de cada cidadão.

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