segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Trabalhismo Brasileiro




Líder: Getúlio Vargas

Movimento: Trabalhismo
País: Brasil

Na figura de Getúlio Vargas, e, principalmente durante o Estado Novo,1937-1945, percebe-se características ligadas ao populismo. Getúlio Vargas foi um político muito carismático e esteve em contato direto com as massas trabalhadoras.

Em seu governo, (1951-1954), o trabalhador foi o alvo de inúmeros benefícios garantidos pela "Consolidação das Leis do Trabalho", criada, por ele, durante o Estado Novo, sendo assegurado, o salário mínimo, direito as férias entre outros. Mas ao mesmo tempo, durante o Estado Novo, a atuação de seu governo apresentava caráter autoritário e controlador devido ao regime ditatorial. Através dos vários meios utilizados em seu mandato, Getúlio conseguiu apoio das massas trabalhadoras que em troca puderam ser beneficiadas.

"Trabalhadores do Brasil!" Era com esta frase que, a partir da época do Estado Novo, Getúlio iniciava os discursos. Na visão dos apoiadores de Getúlio, ele não ficou só no discurso. A orientação trabalhista do governo de Getúlio, que no ápice instituiu a CLT com o salário-mínimo, limitação da jornada de trabalho, férias remuneradas, a proibição de demissão sem justa causa do empregado após 10 anos no emprego (caída em desuso, posteriormente, com o advento do FGTS em 1966), e o 13º salário instituído pelo seu seguidor João Goulart, fizeram das leis trabalhistas no Brasil, uma das mais protecionistas do mundo. Estas leis, quase todas em vigor até hoje, na visão dos apoiadores de Getúlio, são como um legado de proteção ao trabalhador formal, aqueles que possuem a Carteira de Trabalho (CT), criada por Getúlio.

Em agosto de 1931, durante o governo provisório, Vargas suspende o pagamento da dívida externa. No mesmo ano, reinicia a política de valorização do café e cria o Conselho Nacional do Café. Em 1º de junho de 1933 cria também o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) para coordenar a agricultura canavieira, controlar a produção, comércio, exportação e preços do açúcar e do álcool de cana. Vargas orientou-se cada vez mais para a intervenção estatal na economia e para o nacionalismo econômico, e provocou um forte impulso à industrialização.

Foram criadas ainda a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Companhia Vale do Rio Doce, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco e a Fábrica Nacional de Motores (FNM), inicialmente destinada a produzir motores de aviões, dentre outros. Foram criados, nesse período, O Ministério da Aeronáutica e o Conselho Nacional do Petróleo (CNP) que depois daria origem à Petrobras em 1953.

Em 1932, o presidente Getúlio Vargas, instituiu o sufrágio feminino, e fora reformado o código eleitoral brasileiro.

Ao final do Estado Novo,em 1945 surge o “Queremismo”, fruto de seu carisma e da política populista, preocupada com as massas, que apesar do lado ditatorial do governo, se sentia beneficiada pelos ganhos obtidos e demonstrou apoio em um movimento a Vargas quando ele mais precisava, defendendo sua permanência como presidente do Brasil.

O Governo de Getúlio Vargas se torna fundamental para a formação do Brasil contemporâneo. O desmantelamento dos poderes estaduais e o fortalecimento de um governo central, o papel do Estado como principal investidor na economia, a criação de mecanismos sociais, etc., serão figuras centrais durante as décadas seguintes na história brasileira.

Ao reassumir o posto de presidente, em 1951, Vargas passa a governar em regime democrático, o que o enfraquece sensivelmente. Após anos de pressões políticas, Getúlio Vargas não suportou, e se suicidou com um tiro no peito, em 24 de agosto de 1954. Em uma carta-testamento, afirmava que sempre pertenceu ao povo.

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